Sindicato da Madeira alerta para discriminação salarial

O Sindicato dos Enfermeiros da Madeira (SERAM) entregou hoje, na Secretaria dos Assuntos Sociais, um documento a alertar para a "necessidade urgente" de admitir mais profissionais no serviço público e corrigir a discriminação salarial no interior da classe.

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Lusa
10/03/2015 14:33 ‧ 10/03/2015 por Lusa

País

Enfermeiros

"É inadmissível que a Secretaria Regional dos Assuntos Sociais e o Serviço Regional de Saúde saibam que têm enfermeiros a ganhar 1.020 e outros acima de 1.200 euros, a fazerem as mesmas coisas, com a mesma formação, e não haja vontade em resolver este problema", disse Juan Carvalho, presidente do SERAM.

O problema remonta a 2008, quando uma alteração do estatuto do Serviço Regional de Saúde anulou a regra de harmonização salarial com a função pública. A medida atingiu enfermeiros contratados desde 2003, cujo salário é de 1.020 euros. Por outro lado, a nova grelha salarial, que entrou em vigor em 2009, prevê salários de 1.200 euros.

Juan Carvalho disse que, embora o atual Governo Regional esteja em gestão, devido às eleições antecipadas de 29 de março, tem condições para corrigir a situação, porque tal "não implica negociações, nem medidas de fundo".

O sindicalista realçou que o problema se resolve com "um milhão de euros por ano", sendo que o SERAM não reivindica retroativos a 2003. "Bastava que a medida [de uniformização salarial] entrasse em vigor em 2015, com retroativos a 01 de janeiro", sublinhou.

Juan Carvalho salientou, por outro lado, que há uma "enorme carência de enfermeiros" nos serviços públicos de saúde. "Em muitos serviços, os enfermeiros já não conseguem dar resposta às necessidades dos utentes. Há mesmo baixas de enfermeiros com várias perturbações físicas e mentais", realçou.

O presidente do SERAM disse, ainda, que o rácio de enfermeiros na Madeira é de 5,3 por cada mil habitantes, pelo que são necessários, pelo menos, mais 500 profissionais no Serviço Regional de Saúde.

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